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Exibido em quase 300 salas de cinema pelo Brasil, diretor celebra alcance do filme 'Luiz Gonzaga – Légua Tirana'

Cineasta fala sobre o filme “Luiz Gonzaga – Légua Tirana” Légua Tirana O cinema de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, é uma das 297 salas em todo o B...

Exibido em quase 300 salas de cinema pelo Brasil, diretor celebra alcance do filme 'Luiz Gonzaga – Légua Tirana'
Exibido em quase 300 salas de cinema pelo Brasil, diretor celebra alcance do filme 'Luiz Gonzaga – Légua Tirana' (Foto: Reprodução)

Cineasta fala sobre o filme “Luiz Gonzaga – Légua Tirana” Légua Tirana O cinema de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, é uma das 297 salas em todo o Brasil que estão exibindo o filme “Luiz Gonzaga – Légua Tirana”, que estreou no último dia 21 de agosto. Para Marcos Carvalho, que dirige o filme ao lado de Diogo Fontes, o alcance da obra é fruto do extenso trabalho de divulgação que foi realizado pela equipe. “Uma contribuição muito grande nesse resultado foi essa expedição que a gente fez pelo Brasil com os pré-lançamentos”, afirma Marcos, lembrando que a jornada de apresentação do filme começou no dia 2 de agosto, em Recife, data da morte de Luiz Gonzaga. Biografia cinematográfica quer mostrar Luiz Gonzaga para além do Rei do Baião: 'Poema em forma de filme', diz diretor “A gente parte de Recife no dia 2 de agosto, que é o dia de encantamento do mestre Luiz Gonzaga, que tem um sentido muito forte também com o nosso filme, porque o nosso filme é isso, é Luiz Gonzaga contando a sua história a partir dos seus últimos segundos de vida. E é muito emocionante ouvir a história contada pelo próprio Luiz Gonzaga, ouvir a voz do Luiz Gonzaga contando essa história para a gente”. Filme 'Luiz Gonzaga - Légua Tirana' acompanha o Rei do Baião desde a infância Reprodução/Divulgação A expedição pelo Brasil “convocando a classe artística, convocando os apreciadores da cultura gonzaguiana”, como diz o diretor, passou por Caruaru, São Paulo, Brasília, Aracaju, Salvador, Maceió, Fortaleza, em uma jornada de compartilhamento da vida do Rei do Baião. “Fortaleza foi um acontecimento assim, arrebatador. Foi o maior público que a gente teve, foram mais de 600 pessoas numa sala de cinema para assistir o pré-lançamento. E tudo isso, eu acho que contribuiu significativamente para dar visibilidade ao filme, né, para os exibidores também se sensibilizarem e apoiarem”. Além de terem ajudado a impulsionar o filme, as cidades que receberam a pré-estreia da obra também vão ajudar a dar vida ao que Marcos Carvalho chama de “árvore-mãe”. “A ideia foi que em cada cidade que a gente ia passar na nossa pré-estreia, a gente escolhia um local para colher um pouco do solo sagrado dessas cidades, e eu juntei o solo sagrado de todas essas cidades para fazer a muda, para a gente plantar a árvore-mãe. Então, isso também é pensando nessa conexão, nessa união de povos, de regiões, né, como assim fez o mestre Luiz Gonzaga também no seu trabalho, na sua vida”. Segundo Marcos, “Luiz Gonzaga – Légua Tirana” alcançou o maior número de salas de uma distribuição feita pela O2 Play. “Uma obra que brota do Sertão, de uma produtora modesta aqui de Petrolina, se mistura com as produtoras do mundo inteiro, inclusive a do Coppola, e a gente alcança um recorde de salas de cinema dessa distribuidora, em uma quantidade de salas bem expressiva”, comemora o diretor. “Volta para casa Luiz” Marcos Carvalho, diretor do longa-metragem "Luiz Gonzaga - Légua Tirana" Reprodução / TV Grande Rio Até chegar as telas dos cinemas pelo Brasil, “Luiz Gonzaga – Légua Tirana” passou por uma grande jornada de concepção. Foram 16 anos desde o nascimento da ideia até a estreia do longa. “Esses 16 anos, ele compreende todo o processo, né, do brotar da ideia a essa fase agora tão especial que é a fase de lançamento, de compartilhamento da obra com o público em geral”, explica Marcos. Segundo diretor, a ideia do filme surgiu através da experiência de um projeto de formação e inclusão audiovisual desenvolvido por ele, chamado de Cinema no Interior. “Na nossa primeira passagem por Exu, terra do mestre Luiz Gonzaga, nós nos deparamos com essa situação, nessa lacuna histórica que não tínhamos nenhuma obra de ficção inspirada, baseada na vida, do Luiz Gonzaga”. Diferente de “Gonzaga: De Pai pra Filho”, dirigido por Breno Silveira, que mostra a relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, o filme de Marcos Carvalho e Diogo Fontes foca na vida do Rei do Baião, desde a infância em Exu. “Havia uma vontade muito grande de compreender como se formou essa grande entidade, esse grande mestre da música popular brasileira, da cultura popular nordestina e brasileira. Então, havia uma vontade muito grande de entendermos como foi a infância de Luiz Gonzaga, e que fontes ele bebeu”, diz Marcos. A primeira mostra sobre as origens do Rei do Baião foi apresentada por Marcos Carvalho e sua equipe no curta-metragem “Volta para casa Luiz”. “Foi um curta muito bem-sucedido e paralelo a isso, toda a pesquisa, todo o desenvolvimento do roteiro de longa-metragem, que conta com uma equipe incrível: Tairone Feitosa, Diogo Fontes e Adneia Campos, que é uma aluna que se destacou muito no projeto Cinema no Interior e foi contratada pela indicação do professor Tairone Feitosa, dentro dessa nossa proposta de formação e inclusão audiovisual no Sertão”. Marcos Carvalho faz um paralelo entre o tempo de concepção do filme e a vida de Luiz Gonzaga. “Nós estamos percebendo 16 anos foi o tempo que Luiz Gonzaga passou para retornar para o Araripe depois que ele sai do sertão. E esses mesmos 16 anos a gente leva para poder acessar tudo isso para poder trabalhar tudo isso, né? E apresentar para o grande público a obra pronta”. O cineasta também destacou a importância da parceria com Diogo Feitosa, codiretor do filme e filho do roteirista Tairone Feitosa, na jornada de construção do longa. “O Diogo, ele é uma versão melhorada do Tairone. É uma pessoa absurdamente inteligente, sensível, talentosa, entendeu? O Diogo é um mestre para mim, assim como o Tairone”. O filme, rodado inteiramente na Chapada do Araripe, em Pernambuco, traz o Sertão como cenário e também como personagem vivo da narrativa. "É uma referência ao mestre Luiz Gonzaga, mas é sobretudo também mostrar que o sertão tem muita força, tem muita magia, tem muita beleza, que o sertão deve ser visto e respeitado e tratado sobre essa perspectiva, né?” Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE